A Embaixada do Brasil em Washington e a Missão do Brasil na ONU, em Nova York, afirmaram à Folha não terem sido afetadas pelos problemas em contas bancárias americanas.
Várias embaixadas nos EUA têm reclamados que instituições financeiras como o JPMorgan têm fechado suas contas bancárias sem dar explicações.
Os funcionários da embaixada e da missão brasileiras recebem seus salários pelo Banco do Brasil nos EUA. Os pagamentos a pessoas jurídicas também são feitos pela mesma instituição.
Segundo diplomatas, as embaixadas brasileiras enfrentam problemas de pagamentos em capitais de países que sofrem sanções unilaterais dos EUA.
Assim, há dificuldades para transações bancárias em Havana (Cuba), Pyongyang (Coreia do Norte), Teerã (Irã) e Cartum (Sudão).
Segundo o "Wall Street Journal", que revelou o caso no fim do ano passado, a decisão dos bancos americanos de fechar as contas de embaixadas se deve ao alto custo de seguir as normas do governo dos EUA sobre lavagem de dinheiro.
Manter essas contas não seria lucrativo para os bancos, que teriam despesas com o monitoramento de sinais de lavagem de dinheiro e de atividades terroristas.
Além disso, as instituições se preocupam com a sua imagem, que poderia ser afetada caso, por exemplo, dinheiro usado em um ataque terrorista tivesse passado pelas suas contas.
Para as embaixadas afetadas, a decisão dos bancos se tornou um problema, já que várias delas estão com dificuldades para abrir contas --o caso afeta principalmente países pobres da África. Folha Online