terça-feira, 17 de maio de 2011

Diretor do BNDES promete aumentar investimentos no Nordeste

O diretor do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) Elvio Lima Gaspar prometeu nesta terça-feira aumentar os investimentos na região Nordeste, durante audiência pública no Senado. Após ser cobrado por senadores ligados ao Estado, Gaspar --que estava representando Luciano Coutinho, presidente do banco-- também se comprometeu a manter um representante do BNDES na Paraíba.

"Concordamos que os investimentos feitos na região não estão sendo suficientes. Os investimentos precisam no mínimo ser maiores que a participação no PIB", disse Gaspar.

Segundo o diretor, no período 2009-2010, o BNDES fez aportes de 15%, enquanto a participação do Nordeste no PIB foi de 14%. "Nossa estratégia é recuperar a capacidade de planejamento dos Estados. Se os estados tiverem os planos de longo prazo definidos, a contrapartida será rápida e eficiente: apresente seu plano que eu vou ajudar inteiramente o seu plano", afirmou.

O diretor do BNDES disse ainda que os investimentos serão focados no planejamento, estrutura, apoio à baixa renda, microcrédito e na ajuda à produção. O BNDES também irá custear estudos logísticos no Estado, "para identificar as potencialidades" da região.

Cobrado pelos senadores Lídice da Mata (PSB-BA), Cícero Lucena (PSDB-PB) e Vital do Rêgo (PMDB-PB), que apontaram a Paraíba como um Estado que tem sido preterido nos investimentos feitos pelo BNDES na região, Gaspar se comprometeu a colocar um representante do banco no local.

O senador Wellington Dias (PT-PI), presidente da subcomissão permanente de desenvolvimento do Nordeste, disse que a medida vai contribuir para a descentralização dos investimentos no Nordeste. Segundo o senador, já existem representantes do BNDES na Bahia, no Ceará, no Rio Grande do Norte e um escritório "embrião" no Piauí.

A subcomissão começa a partir do dia 23 uma série de reuniões nos Estados do Nordeste para discutir as ações do governo previstas para cada um deles e discutir aspectos dos temas prioritários. FOLHA