quinta-feira, 30 de junho de 2011

Bancos alemães estão preparados para ajudar Grécia, diz ministro

O ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäuble, disse que os bancos do país estão preparados para contribuir no segundo pacote de ajuda ao país.

A Alemanha informou que a dívida grega programada para vencer até 2014 terá um novo cronograma, o que significa que os títulos serão rolados.

O presidente da França, Nicolas Sarkozy, já havia anunciado a participação dos bancos franceses no pacote de ajuda financeira à Grécia.

A expectativa da União Europeia é que a participação privada no segundo plano de socorro à Grécia chegue a 30 bilhões de euros.

Mas os bancos franceses já anunciaram que não aceitarão rolar toda a sua participação na dívida grega. Eles trocarão cerca de 70% da dívida que está para vencer pro títulos novos. Mas uma parte terá que ser paga pelo governo grego.

VOTAÇÃO

O Parlamento grego aprovou nesta quinta-feira o detalhamento do plano de austeridade aprovado na quarta-feira.

O plano prevê cortes de gastos, aumento de impostos e privatizações. No total, o ajuste será de 78 bilhões de euros entre 2012 e 2015, mas algumas medidas já entram em vigor imediatamente.

O texto em votação nesta quinta-feira estabelece como e quando o pacote de austeridade será implementado.

A aprovação dos dois textos, votados na quarta-feira e nesta quinta-feira, eram condição da União Europeia e do FMI (Fundo Monetário Internacional) para liberar a próxima parcela de ajuda financeira, do pacote fechado em maio do ano passado, no total de 110 bilhões de euros.

Essa parcela, no valor de 12 bilhões de euros, é mais urgente para a Grécia que tem um montante elevado de dívida a vencer em julho.

A aprovação do pacote de austeridade e seu detalhamento evita um calote imediato da dívida grega que afetaria toda a zona do euro.

A aprovação das medidas também abre caminho para um segundo pacote de resgate financeiro, que pode chegar a 120 bilhões de euros, maior, portanto, que o primeiro. O novo plano de ajuste que desbloqueia a ajuda da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário internacional (FMI) para evitar a quebra do país foi aprovado na quarta-feira com 155 votos a favor, 138 contra e cinco abstenções.

O pacote de medidas estabelece dolorosos cortes de renda da população já a partir de julho, assim como privatizações de empresas estatais, e despertou uma forte rejeição da população.

FOLHA