Depois de dois meses e meio e com mais de 4.000 participantes, estudantes chilenos encerraram neste sábado (27) um protesto singular que lhes levou a correr 1.800 horas sem parar ao redor do palácio presidencial La Moneda para pedir educação gratuita e de qualidade.
Dia e noite, desde 13 de junho, milhares de estudantes correm em volta do palácio, junto com pais, idosos e crianças que somaram-se a essa iniciativa. Neste sábado o protesto terminou com uma grande corrente humana, passando a bandeira chilena de mão em mão.
O objetivo era correr o número de horas equivalente ao montante de dólares necessários - segundo os estudantes - para pagar os estudos dos 300.000 alunos mais vulneráveis do país.
Durante as últimas horas da corrida, o pelotão aumentou, até somar cerca de 500 pessoas, que corriam ao redor da sede do executivo, portando bandeiras chilenas, guarda-chuvas, cartazes, globos, e cantando em favor de uma educação melhor.
Mais de mil pessoas aplaudiam nas ruas, e os automóveis faziam soar suas buzinas em sinal de apoio.
Os estudantes já levam três meses nas ruas, protestando contra o governo do presidente Sebastián Piñera, a quem exigem fundos para custear a educação de estudantes mais pobres.
O pedido dos estudantes é apoiado por 80% da população.
FRANCE PRESS/FOLHA
