O militante anticorrupção indiano Anna Hazare aceitou encerrar no domingo a greve de fome, iniciada há 12 dias, depois de receber a confirmação de concessões dos parlamentares.
"Durante 12 dias as pessoas do povo estiveram aqui. É a vitória deles", afirmou o ativista de 74 anos.
A campanha de Hazare para endurecer a legislação anticorrupção encontrou grande apoio entre uma população irritada com o mal que sufoca a sociedade. Além disso, gerou muita pressão sobre o governo de centro-esquerda, que demorou para adotar medidas para lutar contra a corrupção.
"Anna Hazare aceitou cessar o jejum amanhã (28) pela manhã. Está contente com a decisão do governo de aceitar suas propostas", declarou Vibhav Kumar, porta-voz da campanha "Índia contra a corrupção".
O militante radical iniciou a greve de fome em 16 de agosto, dia em que foi detido após as grandes manifestações em todo o país que pediam o fim da corrupção.
Hazare foi liberado três dias mais tarde e seguiu para uma praça de Nova Délhi, onde prosseguiu com o jejum para exigir mais rigor em um projeto de lei em debate no Parlamento para dar mais eficiência à luta contra a corrupção.
Neste sábado, o governo anunciou que vai atender algumas de suas demandas, como a criação do cargo de mediador da República em cada um dos 29 estados do país, a redação de uma "carta do cidadão" e a ampliação dos poderes do mediador a todos os funcionários do governo.
FOLHA