As novas sentenças de pena de morte nos Estados Unidos caíram para o menor nível em 35 anos, segundo estudo do Centro de Informações sobre Pena de Morte, localizado na capital federal.
O levantamento aponta que neste ano 78 pessoas receberam a pena capital, o que representa queda de 30% em relação ao ano passado, quando 112 pessoas foram assim sentenciadas. Em 2000, haviam sido 224. O resultado de 2011 representa o menor patamar desde que a pena de morte foi reinstalada em 1976 nos EUA.
O centro aponta mudanças na legislação e em procedimentos nos Estados, a maior resistência dos jurados à pena e o alto custo para executar os condenados como fatores que contribuíram para a redução.
"O número de Estados que adotam pena de morte vagorosamente vem caindo", afirmou Richard Dieter, diretor-executivo do centro. Dos 50 Estados americanos, 34 adotam a pena. Em Illinois, a pena de morte foi abolida neste ano e em Oregon houve declaração de moratória.
O relatório também destaca que houve declínio no número de execuções. Foram 43 até o dia 15 de dezembro, e não há mais nenhuma marcada para este ano. Em 2010, 46 pessoas foram mortas - no Texas foram 13.
Dieter diz que a população do país está mais sensível ao tema. "Nos juris populares, as pessoas têm muitas dúvidas em relação à pena de morte e preferem outras sentenças. O estudo conclui que o que tem ocorrido nos Estados é reflexo de crescente desconforto dos americanos com a condenação fatal.
Pesquisa Gallup divulgada neste ano revela que a maioria dos americanos é favorável à pena de morte - 61% do total. Entretanto, o número de apoiadores diminuiu. Em 1994, eram 80%.
FOLHA