quinta-feira, 3 de maio de 2012

Cosan anuncia compra de 60,1% da Comgás por R$ 3,4 bilhões


A Cosan disse ter firmado um acordo com o BG Group para comprar uma participação de 60,1% que o grupo britânico possui na distribuidora de gás Comgás, por R$ 3,4 bilhões.

A participação equivale a 73,4% das ações ordinárias (com direito a voto) e 11,8% das preferenciais (sem direito a voto) da Comgás, informou fato relevante nesta quinta-feira.

Em abril, a Cosan havia admitido estar em negociações com o BG para a compra da fatia.

O acordo assinado nesta quinta-feira diz respeito a um memorando de entendimento, e tanto a Cosan quanto o BG esperam em breve assinar um contrato definitivo, sujeito à aprovação do sócio do grupo britânico na distribuidora de gás.

A Comgás informou em comunicado que a assinatura de um contrato definitivo de compra e venda de ações entre o BG Group e a Cosan, bem como o fechamento da transação, também "estão sujeitos às necessárias aprovações e consentimentos, em particular, da Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (ARSESP)".

De acordo com o site da Comgás, o controlador da distribuidora é a Integral Investments, que tem como acionistas principais o BG e o grupo Shell - o qual já é parceiro da Cosan em uma joint-venture, a Raízen.

Segundo a Cosan, a Comgás é a maior distribuidora de gás natural canalizado do país. Possui uma rede de mais de 5 mil quilômetros, levando gás natural para mais de 1 milhão de consumidores nos segmentos residencial, comercial e industrial, em 64 cidades.

O BG Group, por sua vez, ressaltou em comunicado que ambas as companhias esperam executar o acordo de venda definitiva no curto prazo.

"A transação, que será objeto de aprovação regulatória, provavelmente será concluída até o final de 2012", afirmou o BG no comunicado.

O presidente executivo do BG, Frank Chapman, disse ainda no documento que vê conclusão deste acordo "como parte dos planos para liberar cerca de US$ 5 bilhões de capital nos próximos dois anos através de desinvestimentos estratégicos".

FOLHA