Deu no Estadão
Ao detalhar o contingenciamento de R$ 69,9 bilhões – o maior dos
últimos 13 anos de governos petistas – proposto pelo governo para 2015, o
ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, ressaltou na tarde desta
sexta-feira que o corte do que estava previsto no Orçamento não será
linear e ocorre de maneira selecionada para preservar prioridades para o
Planalto, a exemplo de projetos estruturantes e em fase de finalização.
A medida, entretanto, vai significar redução de verba disponível, em
relação ao que foi planejado, para as principais bandeiras do governo
Dilma Rousseff, como o Programa de Aceleração de Crescimento, o Minha
Casa Minha Vida e o Pronatec.
LEVY FALTOU…
“Há redução, mas o valor é suficiente para fazer muitas coisas e
iniciar projetos novos mantendo responsabilidade financeira e social”,
disse Barbosa na entrevista que concedeu para explicar o corte. A
surpresa do dia ficou por conta da ausência do ministro Joaquim Levy, da
Fazenda.
Barbosa justificou afirmando que Levy estava gripado e com
problemas de agenda.
Na entrevista, Barbosa explicou que no caso do Programa de Aceleração
do Crescimento (PAC) o corte será de 25,7 bilhões com relação à
previsão orçamentária, que era de R$ 65 bilhões. A dotação máxima foi
reduzida para R$ 40,5 bilhões.
Sobre o Minha Casa Minha Vida, Barbosa disse que o governo tem
disponível R$ 13 bilhões para pagamentos este ano – a previsão original
era de R$ 18,6 bi na proposta orçamentária encaminhada pelo governo ao
Congresso.
PRONATEC
Na Educação, o contingenciamento não atinge a manutenção de alunos no
Pronatec, uma das principais bandeiras do governo Dilma no setor, e não
vai comprometer a abertura de novas vagas, segundo o ministro.
Barbosa
evitou citar detalhes e disse que o Ministério da Educação iria explicar
a aplicação dos recursos.
No Executivo, todos os ministérios tiveram cortes em seus Orçamentos.
O contingenciamento, entretanto, não será linear entre os ministérios.
“Um cronograma de investimentos vai preservar projetos estruturantes e
em fase de conclusão”, disse o ministro.
O Ministério das Cidades sofrerá um contingenciamento de R$ 17,23
bilhões, o maior segundo documento divulgado pelo Ministério do
Planejamento.
Em segundo está o Ministério da Saúde, com um corte de R$
11,77 bilhões, seguido pela Educação, com menos R$ 9,42 bilhões.
A
redução dessas duas áreas prioritárias, ficará dentro do limite mínimo
de execução determinado pela Constituição, disse Barbosa.
ÁREAS PRIORITÁRIAS
As áreas consideradas prioritárias no PAC foram o programa Minha
Casa, Minha vida, obras em andamento de saneamento e mobilidade, combate
à crise hídrica, rodovias e ferrovias estruturantes, obras nos
principais portos.
A ampliação dos aeroportos prioritários também
continua sendo uma prioridade do governo, assim como o Plano Nacional de
Banda Larga.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Não há economia de
custeio. A máquina administrativa continua superinflada. Jamais o país
teve tantos funcionários públicos contratados, as estatais estão
superlotadas, basta conferir a Assessoria de Imprensa da Petrobras. Não
houve cortes de ministérios, os cartões corporativos continuam valendo e
com compras sigilosas. Cortar em Educação básica e manter o Pronatec é
manobra de marketing. Cortar em Saúde, que Deus os perdoe. E o ministro
Nelson Barbosa ainda saiu rindo da entrevista… Que país é esse,
Francelino Pereira? (C.N.)
Tribuna da Internet