sexta-feira, 22 de maio de 2015

MINISTRO ANUNCIA CORTE DE R$ 70 BILHÕES E DEPOIS SAI RINDO

Deu no EstadãoAndré Dusek/Estadão

Ao detalhar o contingenciamento de R$ 69,9 bilhões – o maior dos últimos 13 anos de governos petistas – proposto pelo governo para 2015, o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, ressaltou na tarde desta sexta-feira que o corte do que estava previsto no Orçamento não será linear e ocorre de maneira selecionada para preservar prioridades para o Planalto, a exemplo de projetos estruturantes e em fase de finalização.

 A medida, entretanto, vai significar redução de verba disponível, em relação ao que foi planejado, para as principais bandeiras do governo Dilma Rousseff, como o Programa de Aceleração de Crescimento, o Minha Casa Minha Vida e o Pronatec.

LEVY FALTOU…

“Há redução, mas o valor é suficiente para fazer muitas coisas e iniciar projetos novos mantendo responsabilidade financeira e social”, disse Barbosa na entrevista que concedeu para explicar o corte. A surpresa do dia ficou por conta da ausência do ministro Joaquim Levy, da Fazenda. 

Barbosa justificou afirmando que Levy estava gripado e com problemas de agenda.
Na entrevista, Barbosa explicou que no caso do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) o corte será de 25,7 bilhões com relação à previsão orçamentária, que era de R$ 65 bilhões. A dotação máxima foi reduzida para R$ 40,5 bilhões.

Sobre o Minha Casa Minha Vida, Barbosa disse que o governo tem disponível R$ 13 bilhões para pagamentos este ano – a previsão original era de R$ 18,6 bi na proposta orçamentária encaminhada pelo governo ao Congresso.

PRONATEC

Na Educação, o contingenciamento não atinge a manutenção de alunos no Pronatec, uma das principais bandeiras do governo Dilma no setor, e não vai comprometer a abertura de novas vagas, segundo o ministro.

Barbosa evitou citar detalhes e disse que o Ministério da Educação iria explicar a aplicação dos recursos.

No Executivo, todos os ministérios tiveram cortes em seus Orçamentos. O contingenciamento, entretanto, não será linear entre os ministérios. 

 “Um cronograma de investimentos vai preservar projetos estruturantes e em fase de conclusão”, disse o ministro.
O Ministério das Cidades sofrerá um contingenciamento de R$ 17,23 bilhões, o maior segundo documento divulgado pelo Ministério do Planejamento.

 Em segundo está o Ministério da Saúde, com um corte de R$ 11,77 bilhões, seguido pela Educação, com menos R$ 9,42 bilhões.

 A redução dessas duas áreas prioritárias, ficará dentro do limite mínimo de execução determinado pela Constituição, disse Barbosa.

ÁREAS PRIORITÁRIAS

As áreas consideradas prioritárias no PAC foram o programa Minha Casa, Minha vida, obras em andamento de saneamento e mobilidade, combate à crise hídrica, rodovias e ferrovias estruturantes, obras nos principais portos. 

A ampliação dos aeroportos prioritários também continua sendo uma prioridade do governo, assim como o Plano Nacional de Banda Larga.

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  NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Não há economia de custeio. A máquina administrativa continua superinflada. Jamais o país teve tantos funcionários públicos contratados, as estatais estão superlotadas, basta conferir a Assessoria de Imprensa da Petrobras. Não houve cortes de ministérios, os cartões corporativos continuam valendo e com compras sigilosas. Cortar em Educação básica e manter o Pronatec é manobra de marketing. Cortar em Saúde, que Deus os perdoe. E o ministro Nelson Barbosa ainda saiu rindo da entrevista… Que país é esse, Francelino Pereira? (C.N.) 

Tribuna da Internet