sábado, 23 de maio de 2015

O RITMO PESSOAL DA CRIAÇÃO DOS POEMAS DE EFIGÊNIA COUTINHO

A artista plástica e poeta Efigênia Coutinho, nascida em Petrópolis (RJ),  versificou sua definição de “Ser Poeta”. A seu ver, a poesia será sempre um meio de comunicação de sentimentos na escrita. “Tenho um ritmo pessoal, operando desvios de ângulos, mas sem perder de vista a tradição, procurando atingir o núcleo da ideia essencial, a imagem mais direta possível, abolindo as passagens intermediárias”, revela.
 
SER POETA
 
Efigênia Coutinho

A noite sempre cálida me espera ,
 
Tenho em versos a recente emoção
 
Da inquietude que abraça a quimera,
 
Enquanto no meu peito pulsa a oração. 
A noite ouve o acalanto, esta voz
Que brada a rima solta, e então viajo;

E busco o sopro terno do ninar em nós,

Onde se farta o frêmito voraz, que trajo.

Lá, ao vento espalhado, e envolto,
Meu verso solto, que diz: mortal, eu sou

Na arte que te fecunda e faz envolto…

Porque ser poeta é ser alguém que embelezou

A prosa e o lado vil do caso vário,

E deu-se a Deus que equilibra este rosário.

(Colaboração enviada por Paulo Peres – Site Poemas & Canções)

Tribuna da Internet